Sobre o Fénix
O Fénix de que aqui se fala é simultaneamente an opensource academic information platform de código aberto, e a respectiva implementação como plataforma de informação do Insituto Superior Técnico (IST) tanto na sua versão de acesso restrito como na sua versão pública que surge entremeada com o sítio web público do Instituto Superior Técnico, por exemplo em https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/cursos/ma. O sistema foi criado no Instituto Superior Técnico em 2003/4 em parte como resposta à necessidade imposta pelo Estatuto da Carreira Docente Universitária de registar sumários das aulas leccionadas.
Esta página enumera alguma das minhas frustrações como docente do Instituto Superior Técnico ao tentar usar o fénix e, em particular, as razões que me levam a usar sistemas alternativos.
Sumários
Seria de esperar que, estando os sumários de aulas na sua génese, estivessem acessíveis sumários de cursos do IST dos últimos anos num formato legível e bem organizado.
Sumários em páginas públicas
Infelizmente nas páginas públicas:
- O acesso ao arquivo (isto é, tudo menos o ano lectivo corrente) é feito através de uma ligação obscura.
- As aulas são apresentadas por ordem anti-cronológica.
- Todas as turmas são apresentadas simultaneamente e por ordem anti-cronológica.
- O conteúdo é apresentado paginado.
- Exportação desta informação é inexequível (ver abaixo).
- Embora as páginas de acesso restrito suportem MathJax, as páginas públicas não o fazem.
O efeito é de extrema confusão e irrelevante para apresentar ao público. É impossível ler um resumo do que que foi leccionado numa turma de uma disciplina de uma forma minimamente interessante.
Existe nesta página um feed RSS que poderia servir para exportação destes dados mas limita-se a apresentar os dados num formato que não permite destrinçar entre diferentes turmas ou tipos de aulas. RSS 2.0 é um formato extensível exactamente para lidar com este tipo de situação mas ainda não encontrei qualquer pista no fénix de que os seus autores tenham tentado definir um namespace adequado. Ver http://cyber.law.harvard.edu/rss/rss.html#extendingRss.
No início de 2015 o feed RSS permitia fazer alguma coisa neste sentido graças ao conteúdo de alguns campos poder ser processado para obter a informação em falta. No entanto o documento não era tecnicamente nem semanticamente correcto a vários níveis, e.g. não utilização de CDATA para incluir HTML, truques ad hoc para incluir o que deveria ser o conteúdo de campos distintos, etc.
Sumários em páginas privadas
Como docente não tenho acesso às páginas privadas do fénix na forma como são vistas pelos alunos e supostamente teria que confiar que aquilo que edito aparece de uma forma adequada. Dada a relação ténue entre o que se edita e o que se vê de facto nas páginas públicas isto envolveria uma dose de fé no sistema que não tenho.
O que posso afirmar sem sombra de dúvida é que o sistema de edição peca por uma qualidade muito reduzida. O editor de HTML é penoso de utilizar e faz coisas como suprimir hiperligações de texto copiado deixando-as como texto sublinhado sem mais. A única forma de copiar que é fiável é copiar o código HTML. Isto infelizmente mostra que a qualidade semântica do HTML criado pelo editor é bastante discutível. Existem editores em javascript bastante melhores do que isto.
Menus
Em páginas web, um bom sistema de menus é essencial para os utilizadores não se sentirem perdidos. Devem ter uma estrutura lógica agrupando hierarquicamente temas similares, assinalarem a página corrente, não estarem escondidos fora do écrã, serem minimamente dinâmicos e darem implicitamente dicas de navegação,... Os menus do fénix não são nada disto resumindo-se a um amontoado ilógico, desordenado e estático de tópicos em que geralmente há uma camada de itens institucionais obrigatórios seguida por uma camada de itens opcionais criados por quem introduz conteúdo.
Um exemplo: quando se administra uma disciplina existe uma secção Comunicação cujo primeiro item é Comunicação e nesse primeiro item não se trata de qualquer comunicação mas sim de Configuração do endereço do sítio da disciplina e de um endereço de email. Aliás, a necessidade de existência de uma página introdutória à secção Comunicação a explicar o que os respectivos menus fazem é logo mau sinal.
Suporte bilingue
Provavelmente duas imagens serão mais do que suficientes para fazer notar que é tudo menos consistente.
